Autor: carolinacorrea

Seminário sobre violência contra a mulher debateu aborto e stress pós-traumático

A Procuradoria Especial da Mulher na Câmara de Vereadores de Porto Alegre, a qual vereadora Comandante Nádia (PMDB) é a procuradora, realizou na última quinta-feira (7), em parceria com o Hospital Fêmina, o seminário “Mulheres vítimas de violência, ampliando a assistência”.

Os debates aconteceram no Plenário Ana Terra, na Câmara de Vereadores de Porto Alegre durante todo o dia. Questões polemicas, como o aborto legal e stress pós-traumático sofrido por mulheres vítimas de violência foram algumas das pautas do evento.

“Precisamos expor esses temas ao debate. Muitas mulheres sofrem com a violência doméstica e as consequências são gravíssimas, tanto para sua saúde física quanto emocional. Além de punirmos os agressores precisamos auxiliar as vítimas”, destacou a vereadora.

II Seminário Mulheres Vítimas de Violência Sexual: qualificando e amplicando a assistência. Na foto, a gerente de administração do Hospital Fêmina, Denise Jornada Braga (ao microfone).

II Seminário Mulheres Vítimas de Violência Sexual: qualificando e amplicando a assistência. Na foto, a gerente de administração do Hospital Fêmina, Denise Jornada Braga (ao microfone).

II Seminário Mulheres Vítimas de Violência Sexual: qualificando e amplicando a assistência. Na foto, a vereadora Comandante Nádia (ao microfone).

II Seminário Mulheres Vítimas de Violência Sexual: qualificando e amplicando a assistência. Na foto, a vereadora Comandante Nádia (ao microfone).

PALESTRAS:

Durante a manhã, a mediação da mesa ficou com Denise Jornada Braga, gerente administrativa do Hospital Fêmina, que coordenou as quatro palestras.

Lei Maria da Penha – Relato de Experiência , foi o tema da vereadora Comandante Nádia. A palestra expôs os trabalhos da Patrulha Maria da Penha, que foi implementada e coordenada por ela quando atuava na Brigada Militar.  “A violência doméstica atinge milhares de mulheres independente da idade ou classe social. A maioria dos casos ocorre dentro de casa e os agressores são os maridos, companheiros ou pessoas com quem a vítima possui relação afetiva. De acordo com as estatísticas apresentadas, de cada três mulheres uma sofreu ou irá sofrer violência doméstica no Rio Grande do Sul. O Exposto inquieta e envergonha toda a sociedade gaúcha, e, por este motivo, a Patrulha Maria da Penha se faz necessária como política transversal que resulta na erradicação desses índices”, destacou a Vereadora.

A delegada Adriana da Costa apresentou dados técnicos e estatísticas da Policia Civil, na palestra Dados da Violência: aspectos legais e fluxo de atendimento. Já a psicóloga da Brigada Militar, Iara Fasoli, tratou sobre a Importância do acompanhamento psicológico na ocorrência, elucidando maneiras de atendimento às vítimas e como ajuda-las durante este encaminhamento.

Na parte da tarde, o mediador foi o Dr. Eduardo Trindade, gerente de internação do Hospital Fêmina, e as palestras abordaram temas mais técnicos em relação ao atendimento de saúde e assistência social às vítimas. Acolhimento foi o tema das enfermeiras Monica Ochoa e Elizabete Teles, que esclareceram o atendimento àquela mulher violentada quando chega ao hospital, abordando as formas do procedimento inicial.

O Dr. Mario Peixoto, Infectologista do Fêmina, elucidou questões sobre Profilaxia pós-exposição. “A grande maioria da população não sabe como é atendida a pessoa violentada sexualmente no que diz respeito a exposição à DST’s. Temos que disseminar a informação sobre o tratamento, que já é feito de imediato quando o hospital recebe a vítima. Se agirmos dentro do tempo, podemos evitar que muitas dessas vítimas sejam infectadas e que as doenças se manifestem”, observou o palestrante.

Aborto Legal, foi abordado pela ginecologista Carolina Pereira, que também atua no Fêmina. “Quando a gravidez é decorrente de estupro, quando há risco de morte para a mãe ou se o feto é anencéfalo (não possui cérebro), existe orientação legal para que seja realizado o procedimento abortivo. Temos uma equipe preparada para aportar essas mulheres nestes casos, comprovado o estupro a equipe médica inicia o procedimento”, destacou Caroline.

As questões psicológicas das vítimas de violência doméstica e sexual foram esclarecidas pelo psicólogo da PUC, Eduardo Guimarães, que falou sobre Stress Pós-traumático. Já pela assistente social do Fêmina, Marli Silveira e a psicóloga Flavia Azevedo, trataram sobre os aspectos emocionais da violência contra a mulher, encerrando o seminário trazendo um levantamento sobre a necessidade de atendimento à família e filhos da vítima.

O evento foi alusivo aos 16 Dias de Ativismo – campanha que aborda o combate a violência contra a mulher, e contou com o público de diversos segmentos da sociedade.

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Procuradoria da Mulher participará dos 16 Dias de Ativismo

Campanha global criada pela Organização das Nações Unidas busca o fim da violência contra as mulheres

A Procuradoria Especial da Mulher da Câmara Municipal de Porto Alegre participará da campanha mundial 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres – criada pela ONU -, que, na Capital, começa em 20 de Novembro. Como ficou definido em reunião realizada na manhã desta terça-feira (14/11), durante a campanha a Procuradoria, presidida pela vereadora Comandante Nádia (PMDB), promoverá atividades e se somará a ações organizadas por entidades e órgãos ligados à defesa dos direitos da mulher.

Além de Comandante Nádia e das servidoras da Procuradoria, compareceram à reunião representantes dos gabinetes das vereadoras Fernanda Melchionna (PSOL), Mônica Leal (PP) e Sofia Cavedon (PT). Elas pretendem marcar presença no Largo Glênio Peres e em algum bairro da periferia, com distribuição de cartilha informativa sobre direitos e serviços de atendimento às mulheres e material sobre os 11 anos da Lei Maria da Penha – Lei Federal 11.340/2006, que cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher. As datas desses atos públicos deverão ser definidas ainda nesta semana.

Nádia informou que, até agora, três atividades com participação ou promovidas pela Procuradoria já estão confirmadas para a campanha. No dia 20, segunda-feira, será realizado o Seminário Saúde da Mulher, das 14 às 18 horas, no Plenário Ana Terra, com apoio também do gabinete do vereador Airto Ferronato (PSB). Já no dia 26, domingo, vereadoras e servidoras estarão conversando com o público e distribuindo material informativo a partir das 10 horas junto ao Monumento ao Expedicionário, no Parque da Redenção. Logo após a campanha na Capital, no dia 7 de dezembro, a Procuradoria promoverá o Seminário Violência contra a Mulher – Qualificando e Ampliando a Assistência, em parceria com o Hospital Fêmina.

A vereadora ressaltou que a Procuradoria da Mulher está aberta a todos. Também anunciou que, tão logo terminem as atividades dos 16 Dias de Ativismo, a Procuradoria começará a definir a pauta de ações para março de 2018, Mês Internacional da Mulher. Informações: (51) 3220-4358.

Confira a programação:

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Texto: Claudete Barcellos (reg. prof. 6481)
Edição: Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)

Procuradoria da Mulher apoia campanha Novembro Azul

 

A vereadora Comandante Nádia (PMDB), Procuradora Especial da Mulher na Câmara de Vereadores, aderiu, junto às demais vereadoras mulheres, a Campanha Novembro Azul, que visa conscientizar os homens sobre os riscos do câncer de próstata.

“Temos que ajudar nossos, pais, irmãos, maridos, filhos e amigos a prevenir essa doença que é tão perigosa e que tem sido muito frequente. O diagnóstico antecipado é a melhor maneira para combater e tratar”, destacou a vereadora.

O câncer de próstata pode ser diagnosticado através de exame de toque e de sangue, chamado PSA.

Hoje em dia é aceito solicitar PSA para:

  • Homens com mais de 50 anos que estão em risco médio de câncer de próstata (CaP) e com esperança de vida de pelo menos mais 10 anos
  • Homens com idade 45 nos com alto risco de desenvolver CaP: Afro-americanos e homens que têm um parente de 1º grau (pai, irmão ou filho) diagnosticados com CaP em idade precoce (menos de 65 anos de idade)
  • Homens com 40 anos em risco mais elevado (aqueles com mais de um parente de 1º grau que tiveram CaP em idade precoce)

Procuradoria entrega lenços da campanha “Doe Lenços” ao IMAMA

Na tarde de quinta-feira, a procuradora especial da Mulher, vereadora Comandante Nádia (PMDB), recebeu a vice-presidente do IMAMA, Beatriz Moser, junto as vereadoras Sofia Cavedon (PT) e Fernanda Melchiona (PSOL), para fazer a entrega dos lenços arrecadados na companha “Doe Lenço”.

Mais de 100 lenços foram doados, e farão o alento de muitas pacientes em tratamento. “Foi muito importante essa parceria da Procuradoria da Mulher com o IMAMA. Mobilizamos não só as vereadoras, como também os vereadores e os funcionários da Casa, que colaboraram doando lenços. Agradecemos a mobilização, muitas mulheres ficarão mais felizes e terão incentivo para enfrentar essa doença”, destacou Nádia.

Procuradoria da Mulher faz campanha de doação de lenços na Câmara

Em meio às atividades programadas para marcar o Outubro Rosa, mês dedicado à campanha de combate e prevenção ao câncer de mama, a Procuradoria Especial da Mulher, na Câmara Municipal de Porto Alegre, promove a campanha “Doe Lenço”. As doações de lenços serão aceitas até o final do mês de outubro e devem ser feitas no andar térreo da Câmara, em frente ao Setor de Memorial. As contribuições serão encaminhadas, em sua totalidade, ao Instituto de Mama do Rio Grade do Sul (Imama), onde servirão de adereço para as mulheres que tiveram seus cabelos raspados pela doença.

Evento organizado pela Procuradoria Especial da Mulher para coleta de lenços em apoio ao outubro rosa.

Evento organizado pela Procuradoria Especial da Mulher para coleta de lenços em apoio ao outubro rosa.

A Procuradoria Especial da Mulher, coordenada pela vereadora Comandante Nádia (PMDB), está em funcionamento desde junho de 2015 e tem como missão zelar pelos direitos da mulher, bem como fiscalizá-los, controlá-los e incentivá-los, criando mecanismos de empoderamento, especialmente em situações de desigualdade de gênero.

Além disso, representa as mulheres, recebe denúncias de violência e as encaminha aos órgãos competentes. A procuradoria tem, ainda, a função de prezar pela aprovação de projetos de lei, projetos de emenda à Constituição e políticas públicas que venham a garantir e ampliar os direitos já conquistados.

Texto: Adriana Figueiredo (estagiária de jornalismo)
Edição: Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)

Procuradoria Especial da Mulher solicita espaço na tribuna em meses que abordam temas relacionados as suas atividades

23-10 TON_9073  A procuradora especial da Mulher na Câmara de Vereadores, vereadora Comandante Nádia, encaminhou a Mesa Diretora da Casa, uma proposta de alteração da Resolução de Mesa nº 2368/2015, que cria e dispõe sobre a Procuradoria, para que nela conste a possibilidade do uso da tribuna nos meses de março, outubro e novembro, com a finalidade de tratar especificamente sobre temas relacionados às atividades da Procuradoria.

Tendo em vista que, no mês de março é abordado o mês da mulher; em outubro o outubro rosa, conscientização e combate ao câncer de mama e em novembro se aborda o 16 dias de ativismo, uma mobilização mundial pelo fim de violência de gênero.
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O documento entregue ao presidente, vereador Cassio Trogildo (PTB), foi subescrito pelas quatro vereadores Mulheres, a procuradora, Comandante Nádia (PMDB), Monica Leal (PP), Sofia Cavedon (PT) e Fernanda Melchiona (PSOL).

Texto: Carolina Corrêa – MTb 16352   –   Fotos: Tonico Alvarez

 

Outubro Rosa: Procuradora destaca importância do combate e prevenção ao câncer

Período de Comunicações da sessão ordinária desta quinta-feira visou das publicidade ao tema

As atividades desenvolvidas pelo Instituto da Mama do Rio Grande do Sul (Imama) foram o tema do período de Comunicações, da sessão ordinária desta quinta-feira (5/9), na Câmara Municipal de Porto Alegre. Para falar do assunto, o Legislativo recebeu a presidente do Instituto, a médica Mayra Callefi, a vice-presidente Beatriz Moser e a embaixadora Altair de Canto, todas voluntárias da entidade, além de dezenas das chamadas Vitoriosas, mulheres que venceram o câncer de mama. As discussões também marcaram programação ligada ao Outubro Rosa que está sendo desenvolvida no parlamento da Capital.

Período de Comunicações - IMAMA. Na foto: presidente voluntária do Imama, Maira Caleffi

Período de Comunicações – IMAMA. Na foto: presidente voluntária do Imama, Maira Caleffi

“Nenhum direito a menos”, assim destacou Mayra Callefi, médica especialista no tema, sobre um dos propósitos do Imama. Defendendo a saúde e o acesso à informação, ela falou sobre a missão do Instituto em encorajar pessoas diagnosticados com câncer e explicou que a campanha da entidade neste ano tem o objetivo de incentivar o paciente ao controle da doença e, também, em alertar sobre a importância do acesso rápido ao diagnóstico e o tratamento correto. “Queremos estimular os pacientes a se envolverem cada vez mais neste processo”. Para Mayra, o emponderamento do paciente surge através da informação.

Só no Brasil, mais de um milhão de casos de câncer de mama foram registrados em 2017, e quase 15 mil vão morrer por causa da doença, segundo dados apresentados pela a médica. Para Mayra, isso acontece porque muitos pacientes chegam atrasados ao diagnóstico, estando num estágio já avançado da doença e acabam não recebendo o tratamento em tempo. “É muito comum termos medo. Mas, para tirarmos este mito é preciso que as pessoas procurem atendimento”. Há mais de 35 anos atuando na área, ela afirmou ser possível curar o câncer de mama se o tratamento for exigido e realizado com antecedência.  “A primeira coisa a fazer é entender o problema, e não fugir dele”.

Período de Comunicações - IMAMA.

Período de Comunicações – IMAMA.

Período de Comunicações - IMAMA.

Período de Comunicações – IMAMA.

Alerta

A procuradora-especial da Mulher na Câmara Municipal, vereadora Comandante Nádia (PMDB), ressaltou que o Outubro Rosa visa a alertar que a prevenção e o diagnóstico precoce é a melhor forma de combate ao câncer de mama. Lembrou que, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), houve cerca de 5 mil casos de mulheres gaúchas com câncer de mama em 2016, sendo que mais de mil destes casos ocorreram em Porto Alegre. “Essas mulheres têm a sua vida interrompida, a rotina alterada e a saúde fragilizada ao enfrentar o tratamento do câncer. É preciso incentivar as campanhas de combate e prevenção e ajudar as mulheres e a sociedade a enfrentarem este problema.”

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Nádia também defendeu que haja mais políticas públicas efetivas no combate à doença e destacou a importância das consultas periódicas e dos exames de rotinas como a melhor forma de se proteger da doença, bem como a realização de mamografia a partir dos 40 anos de idade. Também parabenizou o Imama pelo trabalho realizado desde 1993, quando foi fundado por um grupo de mulheres que eram pacientes da médica Mayra Caleffi, presidente da entidade sem fins lucrativos “Elas começaram um trabalho para que outras mulheres não passassem dificuldades no tratamento do câncer. O Imama luta por mais agilidade em todos os processos na rede de atenção à saúde da mulher, sendo pioneiro na mobilização social e como articulador de políticas públicas.”

 

 

 

Fonte: https://www.camarapoa.rs.gov.br/noticias/outubro-rosa-imama-divulga-atividades-de-combate-e-prevencao-ao-cancer

Seminário na Câmara lembra os 11 anos da Lei Maria da Penha

Promovido pela Procuradoria Especial da Mulher, o evento tratou de valorização e direitos das mulheres.

 

Nesta segunda-feira (7), no dia em que a Lei 11.340/06, mais conhecida como Lei Maria da Penha, completou 11 anos, a Procuradoria Especial da Mulher da Câmara Municipal da Capital, em parceria com a Coordenadoria Municipal da Mulher da Secretaria Municipal dos Direitos Humanos, realizou o Seminário de Valorização e Informações dos Direitos das Mulheres em Porto Alegre. O evento ocorreu no Plenário Ana Terra, com a participação de representantes governamentais, instituições representativas e defensores da causa.

A vereadora Comandante Nádia (PMDB), presidente da Procuradoria Especial da Mulher, ao saudar os presentes, destacou a importante participação dos homens no seminário e nas ações contínuas que visam à defesa dos direitos das mulheres. Ela salientou a data do evento, exaltando a Lei Maria da Penha, “extremamente pedagógica, que traz na sua essência ações afirmativas de acolhimento e de proteção às mulheres vítimas de violência doméstica”. Nádia observou que “a Lei possibilita ações importantes e medidas protetivas de urgência, mas avanços são necessários”.

A secretária municipal do Desenvolvimento Social, Maria de Fátima Paludo, salientou a força e a importância histórica da mulher, sublinhando os benefícios da Lei Maria da Penha, “que veio, não somente,  para proteger as mulheres, mas para punir o agressor e educar a sociedade”. Maria de Fátima incentivou o trabalho contínuo em benefício das mulheres e contra todos os tipos de violência, chamando a atenção para o fato de que “muitas mulheres sofrem violências ao nosso redor, sem percebemos”.

Na abertura do seminário, a coordenadora Municipal dos Direitos Humanos, Fernanda Inácio, lançou o aplicativo desenvolvido com o objetivo de oferecer orientações às mulheres sobre segurança, tipos de violência doméstica, serviços de proteção da mulher, cursos e eventos. Fernanda informou que “o aplicativo vai facilitar a comunicação sobre o tema, evitar casos de ciclo vicioso da violência doméstica por falta de conhecimento da vítima, além de ajudar na promoção da defesa dos direitos da mulher”.

Também participaram da abertura do seminário: a presidente do Instituto Bárbara Penna, jovem que foi seriamente vitimada pela violência doméstica; a secretária municipal de Segurança Adjunta, delegada Claudia Cristina Crusius; a diretora municipal de Direitos Humanos, Jacqueline Kalakun; a promotora de Justiça Ivana Bataglin; e a representante do Conselho Municipal dos Direitos das Mulheres, Neuza Hagman.

O encontro

Com a apresentação da cantora Carla Zambiasi e exposição de quadros com fatos que ilustram a violência contra a mulher, o Seminário de Valorização e Informações dos Direitos das Mulheres de Porto Alegre promoveu debates, painéis e as palestras “História da Violência Doméstica no Brasil”, “Igualdade de Gênero: um Sonho em Construção”, “11 anos da Lei Maria da Penha e sua Trajetória”, “Atendimento à Mulher em Situação de Violência”, “Saúde da Mulher e Questões de Gênero”, “Saúde da Mulher” e “Questão de Gênero e Diversidade nas Escolas”. Palestrantes: Ivana Battaglin, promotora de Justiça (MP/RS); vereadora Comandante Nádia (PMDB); Sandra Scalco, coordenadora do Ambulatório de Sexologia do Hospital Materno-Infantil Presidente Vargas; e Adriana Souza, coordenadora estadual da Diversidade Sexual.

Texto: Angélica Sperinde (reg. prof. 7862)
Edição: Claudete Barcellos (reg. prof. 6481)

Comandante Nádia assume Procuradoria Especial da Mulher da CMPA

A vereadora Comandante Nádia (PMDB) assumiu hoje (29/6) como Procuradora Especial da Mulher da Câmara Municipal de Porto Alegre. A designação é fruto de um acordo entre as quatro parlamentares que, de forma unânime, a elegeram para o mandato de um ano. A posse ocorreu durante a sessão plenária. A vereadora Mônica Leal (PP) será a vice-Procuradora.

Comandante Nádia é a nova Procuradora Especial da Mulher

Comandante Nádia é a nova Procuradora Especial da Mulher

“Estou muito feliz em assumir a Procuradoria da Mulher na Câmara, um espaço que foi conquistado pela compreensão deste Legislativo sobre a relevância da pauta que envolve a discussão sobre os direitos da mulher”, afirmou. “Meu objetivo é conduzir um trabalho que transcenda as questões partidárias e ideológicas, e busque unir os parlamentares desta Casa em torno do objetivo maior desta Procuradoria, que é a mulher”.

Ao comentar as dificuldades e desafios que as mulheres ainda enfrentam diariamente na sociedade, Nádia destacou as discrepâncias salariais e a falta de incentivo profissional como problemas a serem enfrentados. “É certo que a humanidade experimenta nos últimos séculos um impressionante desenvolvimento tecnológico, mas ele não se faz proporcional ao progresso em sentido moral”.

“Em nossa assimétrica civilização, ainda persistem, com extraordinária renitência, inúmeras discriminações das quais se originam diversas formas de violência, a justificar a assertiva de Einstein de que nossa tecnologia ultrapassou nossa humanidade”.  Nádia ponderou que as quatro mulheres vereadoras e toda a comunidade de mulheres porto-alegrenses não podem fazer este enfrentamento sozinhas, pois é preciso que também haja o apoio dos homens nesta luta.

Entre os presentes à sessão, estiveram a diretora Salma Valêncio, da Diretoria de Políticas para as Mulheres da Secretaria Estadual de Justiça e Direitos Humanos, Fernanda Machado, coordenadora da Coordenadoria da Mulher do Município, Eunice Flores, do PMDB Mulher, Cátia Lara, da Procuradoria da Mulher da Assembleia e do gabinete do deputado Edson Brum, Rosângela Garcia, da CEDM, Leocádia Young, do Fórum Estadual das Mulheres.

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Procuradoria

Instituída em junho de 2015, a Procuradoria Especial da Mulher combina quatro dimensões de atuação: a escuta ou a ouvidoria para possibilitar que as mulheres acionem seus direitos e denunciem abusos; estar onde as mulheres estão para informá-las sobre os seus direitos; formação de informação para o empoderamento feminino; e fortalecimento e valorização da participação das parlamentares mulheres.

Procuradoria Especial da Mulher realiza prestação de contas 2015/2017

Relatório destacou educação e direitos das mulheres como focos principais

 

A Procuradoria Especial da Mulher da Câmara Municipal de Porto Alegre (PEM), realizou na manhã desta quinta-feira (22) prestação de contas do relatório de gestão dos anos de 2015/2017. A vereadora Sofia Cavedon (PT), que preside a Procuradoria, destacou as ações realizadas, enfatizando os principais temas como a educação e os direitos da mulher.

Segundo ela, nos seminários realizados em 2015 foram destacadas reuniões do conselho municipal político, a regulamentação da ouvidoria da procuradoria da mulher e audiência pública para tratar entre outros temas a violência contra a mulher. “Foi uma caminhada nova e com desafios enormes e esse relatório nos mostra que ainda temos muito a contribuir”.

Entre 2016/2017 os temas versaram entre aspectos como educação não sexista, contribuições do feminismo para uma libertação educadora e políticas públicas. E com experiências trazidas por outras mulheres, tais como a educação e gênero – mulheres e meninas: reflexões práticas educativas emancipatórias. “O objetivo dessas ações é de fortalecer os direitos e deveres das mulheres de forma a fiscalizar o cumprimento das leis. Devemos ter um olhar diferenciado as principais ações efetivas e traçar mudanças”, completa.

Diante das atividades realizadas, nasceu uma proposta para ser encaminhada à Câmara para a constituição de uma Rede de Educação pelos Direitos das Mulheres e Meninas, que tem por objetivo constituir um movimento permanente de diálogo e atuação conjunta entre entidades da sociedade civil e atuantes no tema, como escolas das diferentes redes de educação, públicas e privadas, e instituições formadoras de professores. “A proposta deverá ser construída de forma coletiva e irá funcionar com a contribuição de intelectuais e pesquisadoras em educação acerca dos temas da desigualdade entre mulheres e homens. Com a produção de materiais didáticos, cartilhas, artigos que deem suporte a práticas pedagógicas que rompam o sexismo e a promoção de intercâmbio de conhecimentos práticos, seminários e eventos públicos”, diz a vereadora.

Conforme o relatório, foram realizados 84 atendimentos, encaminhados para os órgãos afins, envolvendo disputa de guarda, violência institucional, emprego, violência doméstica, habitação, falta de vagas na educação infantil, direitos trabalhistas e assédio.

Nova procuradora

Daqui para frente, as ações da Procuradoria Especial da Mulher serão encaminhadas pela vereadora Comandante Nádia (PMDB), que também esteve presente na prestação de contas e lembrou que a Câmara possui quatro vereadoras e que o fato de estar à frente dos trabalhos não exime a efetivação de um trabalho coletivo, em prol da valorização da mulher. “Nosso foco será mais direcionado para as questões da proteção e acolhimento da mulher, ligados à área de segurança. Cada uma das vereadoras pode apresentar um foco diferenciado, mas todos com o objetivo de trabalhar os principais aspectos do dia-a-dia da mulher na nossa sociedade”.

Também estiveram presentes representantes  da direção estadual do Movimento Sem terra (MST), da Secretaria Municipal do PT, do Núcleo de Mulheres da Ufrgs, da PUC, do Movimento Positivo e do Memorial de Mulheres do Rio Grande do Sul.
Texto: Priscila Bittencourte (reg. prof. 14806)
Edição: Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)